blog

Aug 12, 2023

Dê máscaras FFP3 aos funcionários do NHS durante Omicron, dizem os médicos

Os órgãos médicos dizem que as máscaras cirúrgicas finas não fornecem proteção adequada para o pessoal da linha de frente. A equipe do NHS que trata pacientes da Covid deveria receber muito mais proteção facial do que as cirúrgicas finas

Órgãos médicos afirmam que máscaras cirúrgicas finas não fornecem proteção adequada para o pessoal da linha de frente

Os funcionários do NHS que tratam de pacientes de Covid deveriam receber muito mais proteção facial do que máscaras cirúrgicas finas para ajudá-los a evitar a infecção durante o aumento do Omicron, dizem os médicos.

A Associação Médica Britânica (BMA), a Associação de Consultores e Especialistas Hospitalares (HCSA) e a Associação de Médicos do Reino Unido estão pedindo que o pessoal da linha de frente receba máscaras FFP3.

Tornar as máscaras faciais de qualidade muito superior um padrão salvaria a vida dos profissionais de saúde que adoecem como resultado do tratamento de pacientes da Covid, disse a BMA. “Neste ponto crítico da pandemia, isto é extremamente urgente – uma questão de vida ou morte”, disse o Prof Raymond Agius, presidente interino do comité de saúde ocupacional do sindicato dos médicos.

As máscaras FFP3, também conhecidas como respiradores faciais com filtro, foram demonstradas em um teste no hospital de Addenbrooke, em Cambridge, para reduzir o número de profissionais de saúde infectados.

No entanto, as orientações do Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC) sobre equipamentos de proteção individual, atualizadas na semana passada, recomendam apenas o seu uso em circunstâncias limitadas.

“Com uma nova estirpe altamente transmissível em circulação e evidências claras de que a Covid-19 se espalha em pequenas partículas transportadas pelo ar, os profissionais de saúde devem receber a melhor proteção possível contra o vírus. As máscaras cirúrgicas não oferecem a proteção necessária contra a transmissão aérea da Covid”, disse Agius.

A BMA escreveu a todos os hospitais da Inglaterra exigindo que qualquer profissional de saúde que trate pacientes que sejam ou possam ser Covid-positivos receba rotineiramente FFP3s, que são muito mais caros do que as máscaras cirúrgicas normalmente fornecidas.

As máscaras cirúrgicas são “inadequadas” dada a ameaça que a Covid representa, acredita a BMA.

Na sua carta, lembrou aos chefes executivos dos hospitais as suas responsabilidades legais como empregadores para manter o seu pessoal protegido de perigos, inclusive fornecendo FFP3s.

Alguns hospitais já emitiram respiradores FFP3 como padrão, mas a maioria não o faz.

Claudia Paoloni, presidente do HCSA, disse que fornecer EPI adequado aos funcionários ajudaria a reduzir a onda crescente de faltas por doença entre os trabalhadores da linha de frente que estão contraindo a Covid.

“Se não acertarmos os EPI, corremos o risco de contribuir para uma nova onda de faltas por doença quando os hospitais e os pacientes têm menos condições para os pagar.

“A dependência atual de máscaras cirúrgicas inadequadas e resistentes a fluidos provavelmente deixará os funcionários vulneráveis ​​em ambientes hospitalares fechados”, disse Paoloni.

“O receio, tal como em 2020, é que estejamos a assistir a uma abordagem arrogante à segurança, onde as directrizes de controlo de infecções são mais uma vez impulsionadas por questões de abastecimento e custos.

“Precisamos que os hospitais tenham bom senso e adotem uma abordagem preventiva”, disponibilizando FFP3s para qualquer pessoa que queira usar uma em vez de uma máscara cirúrgica, acrescentou Paoloni.

A BMA também escreveu ao NHS England pedindo-lhe que garantisse que todos os consultórios de GP também recebam FFP3s em vez de máscaras cirúrgicas, especialmente porque os médicos de família muitas vezes trabalham em cirurgias pequenas e apertadas.

“Os profissionais de saúde em hospitais e consultórios médicos estão colocando a si próprios e potencialmente às suas próprias famílias em risco, particularmente com esta nova variante Omicron altamente transmissível”, disse o Dr. Vishal Sharma, presidente do comité de pensões da BMA.

A orientação atualizada do DHSC, publicada na última terça-feira, diz que “a equipe deve avaliar qualquer risco provável de exposição a sangue e fluidos corporais e garantir o uso de EPI que forneça proteção adequada contra os riscos associados ao procedimento ou tarefa realizada”. No entanto, apenas aconselha o pessoal da linha da frente a utilizar um FFP3 se estiver a realizar um procedimento gerador de aerossóis, como a intubação de um paciente que vai para um ventilador mecânico, e não com pacientes Covid em geral.

Um porta-voz do DHSC confirmou que não pretende recomendar o uso rotineiro de máscaras FFP3.